"Faça uma lista dos sonhos que tinha,
e quantos deles deixou de sonhar."
A Lista - Oswaldo Montenegro
A existência nos impõe escolhas que se perdem no tempo. Algumas impetuosas, tempestivas; outras calculadas, pensadas, pesadas. Umas de perspectiva estreita; outras de uma amplidão e conexões imensuráveis, que nos levam a ainda outras tantas inimagináveis.
Seja como for, acabamos escravos do Tempo. Tempo que não volta; oportunidades que se vão pra sempre, ou se abrem em novas formas. No meio, fica a sensação de coisas não cumpridas, mal-resolvidas, mal-começadas ou mal-terminadas.
A ansiedade, o pânico, o medo e a insegurança, nos são companhia diária. Estabelecem-se limites, prazos, altura, largura e profundidade para a felicidade possível. E o Tempo avança! Não há controle sobre Ele e Seus efeitos: o corpo cobra um alto preço, e o espírito divaga entre o que é, o que seria, e o que ainda poderá ser possível.
Não há saída para essa encruzilhada. Não há com abortar o existir; ou como pular fora da vida pelo livre arbítrio. O suicida pode arbitrar a esse respeito, mas não é fruto de sua livre vontade o ato final. Temos que continuar até o dia determinado.
Uns se vão antes, "fora do combinado". Outros bem mais tarde, "dentro do combinado", como costumava dizer o poeta sertanejo Rolando Boldrin.
Ninguém controla o Tempo. E acumula-se um vazio de significados, sonhos arquivados e projetos inconclusos. Até que chegue a hora de cada um, permanece a sensação desse vazio abismal. Não sabemos o tamanho do vazio da alma humana.
A vida como a conhecemos, atrelada ao Tempo/Espaço, é certamente a maior expressão de Sabedoria do Criador.
Só uma vida assim do jeito que é, pode nos conduzir ao aperfeiçoamento. Mas tudo isso só faz sentido na perspectiva da Eternidade. Por isso o alerta do Apóstolo Paulo:
"Se a nossa esperança em Cristo se resume apenas a esta vida, somos os mais infelizes dos homens."
Carpe diem!
É, mano.Estamos no tempo de filosofar, isto é, indagar sobre o sentido da vida. Somente quem já viveu um certo tempo, pode se dar a esse exercício. Outro dia nosso "velho" disse: "O bom da vida é que nós passamos por todas as idades. Somos crianças, adolescentes, adultos, idosos..." O importante é vivencias cada fase com consciência. Grande abraço. Saudades dos nossos papos...
ResponderExcluirEm tempo: adorei a ilustração!
ResponderExcluirPura verdade Moa!! Tenhamos esperança no pai e a certeza que dias melhores virão ainda que em outra vida e em outro tempo- o tempo Dele. Bjão
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